• Saturday, February 06, 2021

     


           Um chiado suave indicava que a ducha estava ligada e que, por consequência, alguém se banhava. Em contrapartida havia o som leve de manteiga derretendo e pães tostando, tal como um cheirinho de café da manhã se impunham pela cozinha, e penetravam o resto da casa pequena. Aquela singela movimentação mostrava que, naquele momento, o local borbulhava com vida simples e cotidiana.


           — Ei! Vai demorar muito no banho? O café está pronto! – uma voz feminina e melodiosa grita da cozinha.


           — Já terminei! – agora uma masculina, mas jovem, replica no mesmo tom. – Só falta vestir minhas roupas!


           Na cozinha um barulho metálico leve é audível, logo seguido de uma fala inesperada.


           — Você não sentiu falta delas ontem a noite. – da cozinha.


           A porta do banheiro se abre e um rapaz esguio de porte médio sai de dentro dele com seu corpo quase desnudo, salvo pela toalha que lhe cobria da cintura para baixo. O olhar no rosto do jovem indicava um pouco de desconforto em face da frase que lhe foi dita.


           — Não fale isso alto desse jeito. Se alguém da rua ouvir nem quero pensar no que interpretarão… – diz para a outra. – Mas bem, as roupas estão no quarto?


           Vinda da cozinha para o corredor que ligava aos outros cômodos da casa ( incluindo o banheiro ) uma figura glamorosa e loiríssima aparece com uma frigideira em mãos. A figura, que pertencia a uma mulher, para e fita o rapaz que estava parado frente a porta do banheiro. De baixo a cima, em rápidos movimentos de olhos.


           — Não sei se devo tomar cuidado, porque se ficar dando sopa assim… – ela fala num tom baixinho, quase murmurante.


           — O que disse? – pergunta o rapaz incrédulo com o que supunha ter ouvido.


           A mulher balança a cabeça de leve.


           — Nada, nada… – replica para ele. – As roupas estão na cama do quarto no qual você dormiu esta noite. Não se esqueça de colocar aquele conjunto de pijamas que te emprestei na máquina, por favor. – termina.


           O rapaz acena com a cabeça.


           — Obrigado Nova. – ele agradece, com um olhar sincero.


           A mulher para no caminho por um segundo, como se não esperasse aquilo vindo dele. Ela se vira.


           — Não há de quê, Xavier. – ela sorri singelamente e segue então com jubilo para a cozinha.


           O jovem então vai para o cômodo indicado se trocar.


           


           Xavier e Nova tomavam café à mesa de cozinha. O cardápio era um clássico da região de Unova; torradas, ovos e bacon acompanhados por um copo de suco. Não havia pressa ali, ambos comiam devagar, sem falar nada um ao outro, cada qual no seu próprio mundo.


           Após algum tempo ambos terminam de se alimentar. Nova se prepara para levantar-se da cadeira, mas é impedida pelo rapaz que se ergue primeiro e recolhe os talheres e pratos, tal qual os copos utilizados na ocasião e segue rumo a cozinha para lavá-los.


           Nova prossegue sentada, pensando em algo, e não percebe quando o jovem volta para lá.


           — Tem algum plano pra hoje? – ele pergunta.


           A mulher, retirada de seus devaneios, replica:


           — Não, nenhum planejamento. Por que?


           O rapaz dá uma risada meio seca, sem graça, daquelas que servem pra disfarçar algum desconforto.


           — Gostaria que você me acompanhasse até o órgão local para me registrar como treinador. Meio que eu não sou muito seguro com essas coisas. – fala numa voz tímida, baixa.


           A outra dá uma gargalhada gostosa ao ouvir isso.


           — Eu vou contigo! Mas quem diria que era isso! É uma surpresa, de fato… – se põe a falar. – Não vou questionar sua insegurança, porque todos temos alguma em relação a algo, mas é gratificante a confiança que você deposita em mim, que te conhece há tão pouco tempo.


           O rapaz suaviza o semblante e dá um sorriso pequeno.


           — Eu não sei explicar o motivo de confiar em você, eu só sinto que devo, sabe? Algo em ti me passa essa sensação de segurança… – ele diz entre pequenas pausas. – Eu me considero uma pessoa com certa racionalidade, mas algumas coisas não são para serem compreendidas com o racional, e acho que esse é o caso aqui, mesmo que a forma que nos conhecemos não tenha sido lá muito amigável.


           Nova se sentiu bastante leve ao ouvir aquilo, embora não soubesse o porquê. Ela sorria de orelha a orelha, de forma que seu charme se acentuou de forma notável. Existia certa graça meiga ali, que contrapunha a Nova mais agitada que Xavier conhecera no dia anterior. Aquele momento parecia para ambos os presentes algo desgarrado do presente, uma pequena eternidade que não entendiam.


           — E então? Vamos? – perguntou a mais velha, reintegrando o instante ao seu devido lugar.


           — Claro!


           E ambos se retiram do cômodo, e, em sequência, da casa.


           


           Uma construção de estilo neoclássico se impunha frente a pequena praça central da cidade. Suas gloriosas paredes de travertino, formas simétricas e linhas sóbrias. Os detalhes em mármore contrastavam com o “bege” do travertino e davam um toque a mais para o prédio. Grandes janelas com frontão e o portal central composto por duas colunas paralelas uma a outra, conectadas no alto por uma arquitrave que, sobre si, tinha duas esculturas de pokébolas, uma em cada ponta, davam luminosidade e personalidade ao edifício. Ao fundo do portal um par de grandes portas em verde, fechando o pacote.


           Xavier e Nova logo se veem entrando no local, ignorando a placa humilde e quase invisível na qual estava escrita “ Escola de Treinadores / Prefeitura Municipal ”. Então eles se veem num mui bonito salão de entrada ao estilo “ Luís XVI ”, com suas paredes brancas detalhadas em dourado reminiscente de um estilo anterior. Móveis de linhas perpendiculares, ângulos retos, e superfícies planas trabalhados em mogno com detalhes cinzelados em bronze eram parte do que enquadrava o local nesse estilo único. Tais objetos, constituídos em específico neste cenário por poltronas, namoradeiras, balcões e mesas bem distribuídos pelo ambiente. Algumas poucas pessoas estavam espalhadas pelo local de forma esparsa.


           O jovem e a mulher caminham a um dos balcões no qual um computador está situado, sendo operado por uma funcionária do local que mantinha uma expressão séria na sua face.


           — Com licença, poderia me ajudar? – fala o rapaz para a atendente.


           — Pois não. O que precisa? – diz ela continuando a mexer na máquina, apenas movendo os olhos para fitar o rapaz por um curto tempo.


           Ambos os visitantes à frente do balcão franzem o cenho para a atitude da atendente, mas logo suavizam a expressão. Xavier prossegue.


           — Gostaria de me registrar como treinador. Também gostaria de um registro de participante da liga caso possível.


           — Pois bem, senhor, é só preencher estes dois formulários, me entregar e aguardar ser chamado. Dentro de trinta minutos começa a sessão vespertina de testes do dia de hoje. – diz enquanto enquanto coloca na mesa uns papéis que tirou de uma gaveta do balcão. Ela confirma rapidamente do que se trata e se volta para o computador. – Teve sorte de chegar quase no limite de tempo… Para meu azar… – resmunga as últimas palavras.


           Xavier se põe a preencher as folhas ali mesmo, enquanto Nova passava o tempo admirando ( ou apenas boiando fingindo admirar ) o salão peculiar. Não tarda e os papéis já estão terminados. O aspirante a treinador os entrega a atendente, que resmungando registra no sistema o sujeito e então entrega um papel com um número “1” para o rapaz.


           O mais novo e sua acompanhante se retiram então para uma das poltronas, para aguardar o tempo dos exames. Não tarda e uma mulher com calças e botas em estilo militar e um tank top preto adentra o local e fala com a recepcionista, que entrega umas folhas a esta. A recém-chegada se dirige a uma porta marcada com um número “6” e adentra por ela em outro espaço.


           — Aspirantes a treinadores, por favor sigam para a sala 6. Não esqueçam de levar os seus números de chegada...– fala a atendente dez minutos depois num microfone. A mensagem é amplificada por caixas de som espalhadas estrategicamente pelo local. – Ou melhor, seu número né, só tem um… – sussurra, mas isso saí como um chiado distorcido que ninguém compreende.


           O rapaz com o papel número “1” vai rumo a sala 6, deixando pra trás Nova que avisou que iria sair e só voltaria em umas quatro horas. Ao passar pela porta, vê algumas mesas dispostas em cinco fileiras de seis cadeiras cada. Frente a esses móveis está a moça de estilo militar.


           — Você é o número “1” né? Seu lugar é esse junto a porta. – diz ela, indicando o assento do rapaz. – Só tem você aqui hoje. Sorte sua. Normalmente não há treinadores se registrando no final de temporada, sabe? É um período interessante pra fazer um registro tranquilo. No começo da temporada tem que pedir com antecedência de até uma semana dependendo do ano. Seu teste escrito está em cima da mesa, tem duas horas pra você terminar ele e trinta minutos pra preencher o gabarito. – explica. – Normalmente eu não posso fazer isso, mas assim que você terminar já pode pedir o gabarito e ir preenchendo. Vamos fazer isso ser mais simples pra mim e pra você e terminar isso rápido. – na maior cara de pau.


           O jovem acena com a cabeça em confirmação, senta-se em seu lugar e se põe a fazer a prova. Era o começo de um longo dia…


           


           Não tardou muito mais do que uma hora para Xavier terminar o teste escrito e preencher o gabarito. Pouco após entregá-lo a avaliadora, esta guardou o teste em um envólucro de plástico e o guardou em uma bolsa, para que fosse enviado para a filial mais próxima da liga o mais rápido possível. 


           Ambos agora estavam seguindo para os fundos do prédio, onde havia um espaço aberto razoavelmente grande, com demarcações no chão que formavam um enorme retângulo de cinquenta metros quadrados.


           — Bem, agora teremos um teste prático. O teste prático é composto de uma batalha com duração de dez minutos, na qual eu estou encarregada de dar notas ao seu trabalho junto a seu pokémon. No formulário você registrou três pokémons, use de preferência aquele com o qual você tem mais costume. Trocas são permitidas. A medida que a batalha for seguindo, eu irei, ao meu julgo, trocar o pokémon em campo para um de um “nível” que eu considere mais adequado para lutar contra você.


           E então ela vai até o outro lado do campo e se posiciona. Xavier faz semelhante, e se posiciona na ponta oposta a da moça, de modo que a visse frente a frente mesmo com tantos metros os separando. O rapaz retira então uma esfera do bolso, esta preta, branca e amarela, pronto para botar em campo um pokémon a qualquer momento.


           — Preparado? – fala a mulher com uma voz alta, mas apenas o suficiente para ser audível pro rapaz. Ele confirma com um polegar positivo. – Então começaremos a partir de … Agora! – e aponta uma esfera rumo ao campo, e aperta um botão no meio dela, e uma luz vai ao chão, condensando uma criatura ali. Em seguida aperta um botão num relógio que usava em seu pulso.


           O rapaz não se faz de rogado e libera seu companheiro laranja Iri em campo, enquanto observava rapidamente o seu oponente. A criatura do outro lado tinha de pé sessenta centímetros. Possuia um corpo cinzento com protusões cor de rosa nas juntas entre seus membros e seu tronco, tal qual uma similar a veias de mesma cor na cabeça. A criatura mantinha uma expressão quase de escárnio em sua face, e carregava uma espessa viga de madeira com um de seus curtos braços. Xavier franzi o cenho ao ver a criatura.


           O que era aquele ser? Ele conhecia, mas não tinha uma memória muito clara…


           — Não vai ser o primeiro a se movimentar? Muito bem. Timburr, use Pound! – a mulher ordena a criatura, que corre com suas pernas curtas rumo ao oponente.


           Timburr! Um pokémon do tipo lutador! O rapaz lembrava de vagamente ter ouvido um colega falar sobre eles. Criaturas estranhas que gostam de ajudar em projetos de construção, ou assim o colega descrevia.


           — Desvie Iri! – o rapaz clama enquanto pensava sobre o oponente.


           O lagarto se desvia do adversário pouco antes deste conseguir lhe atacar, tendo a viga do oponente passando a poucos centímetros de sua cabeça. Certamente não seria fácil uma luta contra o pokémon cinzento. O lagarto recua após o desvio e olha para seu treinador, em busca de instruções.


           — Iri, use Scratch! – o rapaz ordena.


           E o ser segue rumo ao oponente com suas patas levantadas, prontas pra arranhar o outro. O Timburr nem espera a ordem de sua treinadora, e por conta própria, num jogo de pés, desvia do golpe da criatura laranja sem dificuldades. A avaliadora sorri de canto, e não deixa as coisas pararem por aí.


           — Timburr, Work Up! – ela manda.


           O pequeno cinzento contrai os músculos de seu pequeno corpo, enrijecendo-o, e então sua figura parece brilhar brevemente, como se alguma mudança importante tivesse ocorrido ali. Xavier não sabia o que havia ocorrido ali, mas sentia que certamente aquela situação não era boa para ele. O rapaz mostra alguma preocupação em sua face, mas decide seguir com o ato anterior.


           — Scratch de novo, Iri! Dessa vez acertaremos!


           E novamente o lagarto vai contra o adversário. Dessa vez, no entanto, o bípede cinza não conseguiu desviar, Iri havia aprendido com a vez anterior, e conseguiu aplicar o golpe. No entanto, para surpresa do réptil e de seu dono, o Timburr parecia não ter sentido o ataque. Seguia rindo, debochado.


           — Pound. – foi a única coisa que a mulher falou.


           Seguindo a ordem, o ser cinza balançou sua viga e acertou o lagarto com força o suficiente para que este fosse jogado uns dois ou três metros para o lado, dando de cara no chão. O Charmander sentiu o golpe. Ao se levantar, ele apresentou sinais de estar tonto, mas pouco depois já estava pronto para seguir o embate.


           Xavier não gostava de como as coisas estavam até ali. Tinha de fazer algo, e continuar usando Scratch não adiantaria, afinal, ele havia visto como o golpe tinha efeito mínimo ou nulo sobre seu oponente.


           — Low Kick, Timburr. – a avaliadora segue a luta, interrompendo o raciocínio do mais jovem.


           — Escape Iri! Pule daí! – Xavier ordena em reflexo, julgando o modo como o golpe funciona pelo nome.


           A decisão de mandar o Charmander pular havia sido correta. Um chute vindo por baixo, rasteiro, era o que fora ordenado ao oponente. Iri pula para trás enquanto o golpe era aplicado, e assim desvia deste, saindo de seu alcance. Xavier enquanto isso segue pensando em sua cabeça meios de conseguir vencer o adversário junto de Iri. Se arranhar não estava dando resultados, que tal tentar usar de fogo? Mas um Flare Blitz não deveria ser usado sem cautela… Teria Iri algum outro golpe que usasse de fogo? Xavier então se lembra que na floresta o seu lagarto laranja havia usado de algo similar a brasas para queimar um pokémon. O jovem sabia que golpe era esse, ele sabia que seu nome era…


           — Ember, Iri! – exclama o rapaz.


           — Se movimente, Timburr!


           E o pequeno companheiro de Xavier abre sua boca em direção ao oponente, liberando coisas que pareciam fagulhas ou brasas alaranjadas que voam em direção ao outro em velocidade considerável. O cinzento tenta escapar do local em que estava, mas ainda é pego pelas brasas, e sofre com isso. O local em que fora atingido logo apresenta diversas pequenas queimaduras, num tom meio roxo.


           Xavier gostara disso. Viu algo fazer efeito, e isso lhe trouxe um pequeno sorriso.


           — Iri, repita isso! – não tardou e ordenou ao seu pokémon.


           A mulher, no entanto, não deu ordem alguma ao bípede cinza. Ela pegou a esfera da criatura e apontou para este, e por fim apertou o botão central para chamá-lo de volta. Logo em seguida ela retira outra esfera, esta metade branca e metade azul, com duas protuberâncias vermelhas. Tal qual ela fez com a outra pokébola no começo da luta a mulher faz com essa, liberando então outro Pokémon em campo.


           Uma criatura com um corpo esguio, de felino, com pelos lilás e cauda bifurcada. Grandes orelhas, olhos num estranho tom púrpura, uma joia vermelha em sua testa e dois tufos grandes de pelos paralelos um ao outro nas bochechas do animal completam suas características físicas.


           Mas que criatura é essa?!


           É o que pensa o rapaz ao ver o ser que aparecia em campo. Ele não sabia o que esperar do novo oponente. O que fazer?


           — Esse é um pokémon que me acompanha desde um tempo atrás. Fofo não? É uma Espeon, Katharina. – diz a mulher num ritmo rápido e ininterrupto, cortando os pensamentos do rapaz. Era fácil perceber que ela vira o desconhecimento do rapaz. – Katharina, use Confusion!


           E então a criatura, um Espeon, olha rumo ao Charmander e com seus olhos emitindo um um brilho leve porém nítido faz com que um fenômeno estranho ocorra. Sem que nada nem ninguém chegue a tocar em Iri o mesmo é jogado para longe, para a borda dos limites demarcados, parando exatamente ao lado de seu treinador. Xavier enquanto isso não teve nem como reagir, tudo fora rápido demais para ele. 


           O rapaz olha para o companheiro que estava no chão, sem se mover, apenas tremulando por vezes. Xavier simplesmente retorna Iri para sua bola, não havia mais o que ser feito. Do outro lado da arena um pequeno som começa a soar. A avaliadora levanta um pouco o braço e olha para o relógio em seu pulso. Já era dado o tempo. Ela aperta um botão para fazer o alarme parar.


           — Seu teste está terminado. – a mulher, que agora se aproximava do rapaz, diz. – Normalmente eu diria que dentro de uma semana os resultados estariam emitidos, mas já venha verificar a partir de amanhã ou depois de amanhã, não deve demorar muito considerando que apenas você fez o teste hoje, e que nas últimas semanas quase não se vê gente nesse lugar. – por algum motivo ela gostava de enfatizar a falta de pessoas.


           Xavier faz que sim com a cabeça, em entendimento, troca cordialidades, e então se retira do campo, e, seguinte a isso, do prédio.


           


           Todas as ruas da cidade em algum momento uniam seus ladrilhos à praça central, onde a partir de certo ponto eles mudavam de cor para formar um grande padrão, algo como um sol dentro de um círculo. No exato centro do padrão, uma fonte, cujo chafariz era uma estátua com formato de Rosélia, um pokémon de grama, com formato humanoide, com rosas no lugar do que seriam suas mãos. Por causa dessas características interessantes, o local se tornou um ponto de encontro comum entre as pessoas que passavam pelo município. Com isso, a praça sempre é encontrada com muitos visitantes, estejam eles parados, andando, ou mesmo patinando ali perto.


           Um rapaz vestido em azul e branco, mas que usava um boné vermelho contrastante mas estranhamente adequado, andava rumo ao marco meio distraído, sem motivos.


           Xavier terminara os testes com uma ou duas horas de antecedência, e com isso agora estava nas ruas esperando o tempo passar. Não estava com vontade de voltar pra casa de Nova, afinal, a mesma também não estaria lá, ela já havia avisado que sairia para fazer umas coisas, então era sem sentido para o rapaz retornar a casa. Além disso ele combinara de a encontrar na frente da “ Escola/Prefeitura ” , e não gostaria que quaisquer imprevistos ocorressem por alguma questão de comunicação.


           A passos médios e meio frouxos, segue rumo a fonte. Talvez ali naquele lugar relativamente bonito ( embora cheio de gente ) ele conseguisse ter alguma ideia brilhante para gastar seu tempo.


           — EI MENINO! SAI DA FRENTE! – uma voz ressoa num grito mui alto e estridente.


           Xavier não teve tempo de reagir. Ele logo sentiu algo lhe atingindo fortemente na lateral esquerda de seu corpo, ainda mais forte do que a cabeçada que recebera de seu Zigzagoon no dia anterior. O rapaz então se viu indo em direção ao chão, e impactou com sua cabeça nos ladrilhos da bonita praça. Tudo escureceu para o jovem.

     


    { 9 comments... read them below or Comment }

    1. Pobre Xavier, foi atacado por um vândalo e sua jornada chegou ao fim.

      Uma pena, pois ele mal havia se tornado um treinador.

      Bom capítulo Napo, continue com o bom trabalho em sua história, até o próximo!

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      1. POXA! NÃO DECLARA A MORTE DO MEU PERSONAGEM ASSIM NÃO! TEM MAIS COISA AINDA! E ATÉ ANAM!

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    2. Dialogo entre Xavier e Nova muito fofo. Gostei do combate, bem simples mas bom. E AGORA que VENHA DESGRAÇA NO CAPITULO 6. Gostei do capitulo. Até a próxima Napo <3

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      1. Obrigado por ter vindo Shii, e que bom que gostou! Sim, a batalha foi curtinha e simples, não tinha muito como eu prorrogar ela ( nem aturaria isso kekdksksksksk ). Valeu e até!

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    3. Os dialogos entre o Xavier e a Nova são simplesmente tudo para mim. Adoro a relação dos dois, Nova quase que se torna uma mãe/irmã mais velha para ele.

      Sobre a batalha, foi ótima. É sempre bom ver que os personagens são iniciantes, logo, agem como tal. As limitações que "colocou" foram interessantes e ver Xavier trabalhando por essa ótica como não lembrar do nome de certo ataque é muito legal e torna o desenvolvimento do personagem ainda melhor lá para a frente.


      Até a próxima.

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      1. Yo Welfie! Eu não tinha visto esse, mas bem, comentário curtinho resposta curtinha.

        As interações entre os dois personagens são surpreendentemente fluidas durante o processo de escrita, como o Xavier é bem "papel em branco " e a Nova é já um " papel bem gasto " dá pra se fazer uma média bacana.

        Eu tentei passar uma sensação de "batalha de iniciante " mesmo, mas tu sabe, eu tenho mó dificuldade em descrever batalhas, mas se o resultado agradou tá bom.

        Valeu ai maninho e até depois!

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    4. Xavier morrer atropelado por um marginal. E assim acaba Neo Kalos. Ou será que entramos na teoria do Xavier em coma?

      Brincadeiras a parte, gosto muito do modo como você está construindo o relacionamento da Nova com o Xavier. Dá pra sentir entre os dois uma quimica muito boa que, mesmo se não evoluir para algo romantico, será uma relação mútua de respeito.
      Gostei muito da maneira como o capítulo evoluiu, principalmente porque você deu atenção especial a essa parte de "formação do treinador" que muitas vezes vejo ser ignorada na maioria das fics. Intessante a examinadora fazer tanta questão de exaltar tantas vezes que não havia muitos treinadores inscritos, o que será que ela queria dizer?
      Ótimo capítulo, Napo! Até a próxima!

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      1. Yo, Carol, tudo bem? Que bom que curtiu os capítulos! IMAGINA SE XAVIER EM COMA É REAL E TODO MUNDO DA NEO É SONHO DELE?! QUE CENÁRIO INSANO OJAPSJOPSJPSJPSJPS! Agora vamos aos pormenores.

        A relação entre Nova e Xavier é, no momento atual, uma das mais fáceis, ou melhor, mais fluídas, que eu já escrevi, é quase natural, sabe? Eu acho que é a química mais tridimensional que eu fiz até este momento como escritor, e realmente, o respeito, mas também a leveza com que eles vão ir se tratando ao longo do tempo, são alguns aspectos fundamentais desse diálogo entre essas pessoas no longo prazo.

        A formação do treinador eu senti necessidade de colocar porque para se chegar a algum lugar, principalmente quando você tem um interesse semi-profissional ou profissional no assunto, existem passos a serem seguidos, e a formação do indivíduo, ainda mais em coisas que tem algum aspecto esportivo/desportivo, é fundamental.

        Quanto a examinadora ( e mais pessoas, mais a frente, já aviso ) exaltar o pequeno número de treinadores *se inscrevendo*, bem, meio que ela explica numa das frases dela, onde ela menciona o final de temporada. Esse aspecto é importante, no sentido de que você começar no final de uma temporada é um começo muito tardio, então usualmente haveria preferência de espera pelo início da próxima. Eu pensei em fazer uma analogia com escolas ou faculdades pra explicar aqui, mas não sei se colaria com o que eu quero dizer, mas acho que já dá pra entender pelo que eu disse. Mas em suma, no final da temporada todo mundo já está mais a frente, digamos assim, então as instituições que tem um papel mais comumente associado a um "passo inicial" vão estar em baixa ( nesse caso uma grande baixa ), logo, processos burocráticos, que levariam maior tempo, planejamento e etc, tem aqui sua carga horária média bastante reduzidas.

        Obrigado pela presença e até a próxima!

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    5. Oi, Napo!

      E voltamos com NPK(alos).
      Parece que é comum os protagonistas da Neo precisarem fazer testes mesmo já tendo os próprios pokémons hashashasha
      Não tem como não perceber que rolou um certo clima entre o Xavier e a Nova. Mas não sei se isso vai desenvolver em algo a mais, afinal, a Nova está interessada em sair em uma jornada? Tanto tempo sem ler, que eu não me lembro se ele mencionou o objetivo dela alguma vez.
      E nessa luta, o Xavier decidiu desligar o hack e não usar o flare blitz. Tirando isso de lado, me senti igual o Xavier tendo que adivinhar o pokémon apenas pela descrição. O Timbur eu acertei, mas o Espeon eu não sei como eu errei.
      E no próximo capítulo: Xavier no Outro Mundo!

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